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Série de aulas de Educação Financeira para as nossas escolas

A economia solidária é uma forma diferente de geração de rendimento ou renda, pautada nos princípios da solidariedade, cooperação, autogestão e viabilidade económica.

É uma gestão colectiva, na qual todos os membros de um empreendimento têm a mesma importância para as tomadas de decisões da cadeia produtiva. Alguns exemplos dessas iniciativas são cooperativas, associações, clubes de troca, grupos informais, entre outros.

Para os alunos do Ensino Básico e Médio, é possível utilizar a Economia Solidária na aprendizagem de matemática. Por exemplo, pode-se estudar conteúdos como grandezas proporcionais contextualizando no processo da cadeia produtiva, numa fazenda, numa fábrica, numa oficina de carros. Problematizar o tempo gasto para produzir um determinado produto e seu valor de venda. Quanto mais tempo se gasta, maior deve ser o segundo.

Ao tomar, como exemplos, iniciativas de empreendimentos solidários que já existem, destaco que são estudados princípios da chamada etnomatemática, ou seja, a matemática própria de um contexto ou de um grupo cultural específico. Ela tem como intuito compreender como as diferentes culturas utilizam práticas relacionadas às maneiras de observar, comparar, organizar, classificar, medir, quantificar e contar.

Entre os conteúdos curriculares que podem ser resgatados ao estudar o funcionamento de um empreendimento solidário estão operações básicas, conjuntos numéricos, funções, questões de matemática financeira, de geometria, entre outros. As operações básicas podem estar relacionadas ao momento de produção, por exemplo, com projecções de quantos dias são necessários para que seja feita uma encomenda, com a contagem de quanto se produz em cada dia, ou por mês.

Feira de troca
Outra forma de trabalhar a economia solidária nas aulas de matemática é contextualizando-a na própria prática escolar. Sugere-se a criação de uma feira de trocas aos estudantes da 7ª e 8ª classes numa comunidade, na qual a principal característica seja a agricultura familiar.
Também foi proposta a criação de uma moeda solidária. Para desenvolvê-la, as turmas precisem estudar o sistema monetário de outros países.

Há potencialidade de se trabalhar a economia solidária especialmente no ensino técnico ou em comunidades agrícolas, uma vez que esses contextos estão directamente vinculados a questões do mercado de trabalho.
É uma forma de mostrar aos alunos uma nova maneira de perceber a sociedade e os modos de produção nela existentes.

Resolução de problemas
Recomenda-se a utilização da aprendizagem por resolução de problemas como metodologia activa.

O processo de ensino inicia-se por meio de um problema, cuja solução envolve o aprendizado de conceitos matemáticos, ou seja, ele é um ponto de partida para o ensino dessa matéria.

Os alunos devem ser divididos em grupos – forma que ajuda a desenvolver cooperação e solidariedade.

Ao olhar para a matemática contextualizada, os estudantes entendem que ela não é apenas um conjunto de fórmulas dissociadas do restante das nossas actividades no mundo, que a disciplina é importante nas discussões sociais, em um modo de produção mais justo, e que questões económicas estão completamente permeadas pelos conhecimentos matemáticos.

É possível ter em aulas de matemática, mas não só, com Educação Financeira, Empreendorismo, Economia Solidária e muito mais. Senhor, senhora professor(a), é possível e desejável aplicar conteúdos cruzados de outras áreas do conhecimento para promoção de uma Educação mais completa, mais inclusiva, mais capacitante para a sociedade.

Artigo 182

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