As falsas alegações do presidente dos EUA, sobre um genocídio branco que dominaram a conversa com o presidente Cyril Ramaphosa, provocaram, esta quinta-feira, consternação entre os sul-africanos.
O presidente da África do Sul esperava que as conversas com Trump na Casa Branca na quarta-feira restaurassem as relações com os Estados Unidos, que pioraram desde que o líder americano assumiu o poder em Janeiro deste ano.
Entretanto, Trump passou a maior parte da conversa a confrontar o seu visitante com falsas alegações de que os agricultores da minoria branca da África do Sul estão a ser sistematicamente assassinados e tendo as suas terras confiscadas.
“Ele não foi insultado por Zelensky. É nisso que temos que nos agarrar. (Ele) não foi insultado pessoalmente pela dupla mais horrível de valentões de recreio do mundo”, escreveu Rebecca Davis, do jornal nacional Daily Maverick.
Em uma reunião na Casa Branca em Fevereiro, Trump e o vice-presidente JD Vance repreenderam o presidente ucraniano Volodymyr, chamando-o de ingrato pela ajuda militar dos EUA, e Zelenskiy tentou argumentar acaloradamente.
Para alguns, porém, a calma e a compostura de Ramaphosa levantou a questão do que foi alcançado ao se submeter ao ataque.
“Não acho que tenha sido a decisão certa. Não acho que precisamos nos explicar para os EUA”, disse Sobelo Motha, de 40 anos, membro de um sindicato, nas ruas de Johanesburgo.
“Nós… nós sabemos que não houve genocídio branco. Então, para mim, foi um exercício inútil.”
O presidente sul-africano chegou preparado para uma recepção agressiva diante das acções de Trump nos últimos meses, que cancelou ajuda à África do Sul, ofereceu refúgio à minoria branca africâner, expulsou o embaixador do país e criticou o seu processo judicial de genocídio contra Israel.
Mas, durante todo o discurso, Trump quis apenas discutir o tratamento dado aos sul-africanos brancos, exibindo um vídeo e folheando artigos que, segundo ele, comprovavam tais alegações.
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