As políticas públicas viradas ao sector da educação, sobretudo primária, têm sido atrapalhadas pela contínua taxa de natalidade que se verifica no país, quando se definem números de vagas de acesso às aulas.
Todos os anos centenas de milhares de crianças ficam fora do sistema de ensino, por causa da exiguidade de vagas nas escolas públicas.
Uma realidade que contrasta com o facto de quase todos os anos haver inauguração de novas salas de aulas. Além de escolas públicas, a educação em Angola conta com uma rede de escolas privadas e público-privadas, que também absorvem um considerável número de crianças.
O Presidente da Associação Nacional das Escolas Privadas de Angola (ANEP), António Pacavira, disse ao Correio da Kianda, que existem no país mais de seis mil escolas privadas, que absorvem no global um número estimado em três milhões alunos nos ensino primário, primeiro e no segundo cíclo, em todo o país.
Recentemente, o Vice-governador de Malanje para o sector político, económico e social, Franco Mufinda, disse, em Luanda, que o facto de as famílias continuarem a fazer filhos tem atrapalhado as acções políticas viradas a Educação, tendo lembrado que no ano lectivo que se está a terminar, mais de 42 mil crianças ficaram fora do sistema de ensino.
“O nosso desafio maior também é a demografia, vamos construindo [novas escolas] e as pessoas também não param de nascer, olhando o índice, o último indicador, apontou para um recuo, baixamos de 5 para 4 pontos, mas o impacto não é tanto assim, para quem implementa as políticas públicas no terreno. Portanto o desafio maior também acaba por ser a demografia, demografia versus os recursos financeiros, que devemos aqui olhar, de modo que a literacia é sonanta aqui, temos que educar a população, espaçar os filhos, enfim, porque é um assunto, é uma equação muito complicada”, disse.
O conteúdo Taxa de natalidade atrapalha políticas de governação, diz Franco Mufinda aparece primeiro em Correio da Kianda – Notícias de Angola.
Deixe um comentário