Duzentos mil euros foi o valor que o Papa Francisco doou na passada quinta-feira, à duas unidades prisionais que visitou na sua última acção caridosa, poucos dias antes de partir para a outra dimensão.
Tratam-se das prisões Regina Coeli e de Rebibbia localizadas na cidade de Roma, que o santo padre visitava frequentemente para a cerimónia de lava-pés na páscoa, bem como o centro educativo para menores Casal del Marmo, que vão receber os valores doados pelo sumo pontífice.
“Há alguns dias, o Santo Padre arrastou o seu corpo até ao Regina Coeli para gritar ao mundo com todas as suas forças a necessidade de prestar atenção aos detidos”, disse o bispo delegado para a caridade e as prisões e auxiliar de Roma, D. Benoni Ambarus, que acrescentou que Francisco “doou-lhes os seus últimos bens, 200 mil euros da sua conta pessoal”.
Citado pelo ao jornal italiano La Repubblica o prelado católico explicou que o dinheiro doado destina-se a vários projectos numa prisão e num centro de detenção de menores, adiantou o Corriere della Sera.
Francisco decidiu doar o dinheiro após Ambarus ter pedido um donativo para os reclusos. Apesar de reconhecer que não havia fundos, o Papa assegurou: “Não se preocupe, tenho algum [dinheiro] na minha conta pessoal”.
No entanto, o bispo auxiliar de Roma lamentou que as autoridades não tenham dado ouvidos aos pedidos de Francisco. “As palavras, os grandes gestos que ele fez, como lavar os pés na Quinta-feira Santa, os apelos… foram pouco assumidos e ainda menos traduzidos em acções práticas. Ele pediu que se fizesse mais para restaurar a dignidade das pessoas”, disse.
Papa Francisco morreu na manhã de segunda-feira, poucas horas depois de ter feito a última aparição pública no domingo de páscoa, aos 88 anos de idade, após 12 anos de pontificado. Nascido em Buenos Aires, em 17 de Dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
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